quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um sádico dentro de todos nós...

Notei que, recentemente, eu tenho sido bastante sádico e sangue-frio quanto a certos acontecimentos...

A mídia não parava de vomitar notícias sobre o caso da menina Eloá que foi sequestrada e mantida refém pelo ex-namorado, Lindemberg. Isso todos já estão cansados de saber. Mas, em vez de me assustar com o acontecimento, eu dava risada. Torcia para que algo de ruim acontecesse, e, quando aconteceu, eu ri! Mas ri mais da polícia, que foram extremamente novatos durante a ação de invasão do apartamento. Mesmo assim, não me comovi com absolutamente nada.

Piadas, imagens, cenas da televisão e notícias sobre o caso, me fazem rir demais, quando se trata da desgraça alheia. Muitos moralistas podem argumentar comigo, dizendo "Você ri pois não aconteceu com você. Imagine se fosse um parente seu no lugar do(a) fulano(a)!!"... Honestamente, é exatamente por isso que dou risada. Não sou eu nem ninguém que conheço, portanto, não me importo. Obviamente que se fosse o contrário, eu não riria. Mas, sabendo como o ser humano é estúpido, eu sei que haveriam pessoas que tirariam sarro de tal situação.

Foi então que pensei... "Ora, acredito que não sou o único no mundo a pensar assim!". Ninguém pode negar que nunca riu da desgraça alheia de um desconhecido! Vídeos no Youtube de alguma briga, acidente, bêbados e etc, postados exatamente para fazer outras pessoas rirem!

Quem assiste esses vídeos, pode ser considerado um sádico? Não sei, mas que dão risada, aaah dão!

Frequentemente me pego pensando em certas coisas que assustariam qualquer pessoa "normal". No meu trabalho, quando vou ao banheiro aliviar a bexiga, fico olhando a rua abaixo, pela janela. E no cruzamento, sempre imagino um acidente que pudesse ocorrer, quando passa um motoqueiro ou quando alguém atravessa a rua sem olhar. O pior: fico torcendo para que isso aconteça! Eu acho graça nisso, será que não sou normal? Hahahaha.

O que me alivia é que muitas pessoas também compartilham do mesmo "sadismo" (não sei nem se a palavra existe). Pode não ser tão explícito ou malicioso como os meus casos. Por exemplo: Um amigo tentando fazer graça com alguma coisa que tem um alto índice de dar errado. Quem não vai torcer para que algo dê errado de fato? E quando acontece, todos se racham de rir.
Parece um exemplo bobo, mas na verdade, não é muito diferente do que eu imagino das pessoas na rua.

Vídeos de gente idiota fazendo coisa idiota são sempre populares. Talvez o número de sádicos atualmente é bem maior que imagino. Ou então, para melhor exemplificar o assunto, quem não conhece o famoso e, sem graça, "Video Cassetadas"?? A família toda reunida no domingão, comendo aquele prato feito pela avó-cozinheira, assistindo um monte de gente se ferrando e achando a maior graça nisso? Hehehe, não é legal?

Eu acho. E com o tempo, as coisas foram mudando para pior. Hoje em dia, existem pessoas que fazem isso de propósito, e ainda são pagas! "Jackass", conhecem? Pois é...

O legal é que com isso, os jovens hoje em dia parecem ser mais influenciados por esse tipo de coisa, tornando "stunts" do tipo que o Jackass faz, parte das brincadeiras entre os amigos. O que essa série/filmes gerou de vídeos amadores de adolescentes imitando certas coisas do programa, é bem grande. E muitas vezes, é realmente engraçado!

Ah, como é bom rir da desgraça alheia. Será que é tão ruim e errado? Pode ser, mas eu não ligo, continuarei rindo e me divertindo mesmo assim!

Atualização do Blog

Primeiramente, gostaria de agradecer aos novos visitantes que deixaram comentários em algumas postagens. Como já citei anteriormente, este blog ainda não foi divulgado amplamente, pois ainda não acredito que ele esteja pronto para ser "entregue ao mundo". Considero-o como algo experimental, onde vou expressando certas opiniões de acordo com o tempo e inspirações.

Apenas adicionando ao meu post anterior sobre o blog, devo citar que este é um blog onde expresso minha opinião pessoal, e não algo no geral. Não mudarei meu modo de escrever e pensar, pensando nos que lêem o que é escrito aqui. O que vocês lêem, é o que eu penso, nada artificial ou criado para apenas passar uma certa imagem.

Outra coisa fundamental a ser mencionada, é que muitas vezes eu escrevo alguns textos e, após finalizá-los, eu não os reviso. Muitas vezes por não ter muita paciência, pois como perceberam, eu escrevo bastante. Então, vocês verão bastantes erros de português, como acentuação, concordância, ortografia, etc... Não se espantem, meu português não é perfeito, claro, mas geralmente tais erros são por falta de revisão mesmo.

Sobre a atualização do blog em questão, apenas mudei os comentários para que qualquer pessoa possa postar, sem que seja necessário ter uma conta no blogspot... Demorei pra perceber que existia essa possibildiade nas configurações. E também agora os comentários podem ser feitos em janelas pop-up, em vez de mudar a página inteira. Acredito que assim facilitará mais na hora de comentar. Por isso, caso seu navegador tenha bloqueador de pop-ups, permita que ele abra janelas do blogspot. Geralmente, as janelas não são bloqueadas, mas nunca se sabe.

Obrigado a todos que postaram comentários e aprovaram o blog. Tentarei postar mais textos em breve :)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Direitos humanos

Se tem uma coisa que consegue me irritar PROFUNDAMENTE no Brasil, é essa imbecilidade de direitos humanos.

Os imbecis que fazem essas leis devem ser muito frouxos mesmo. Ou então é um bando de mulheres mães de família que não querem que suas crianças possam sofrer no futuro se fizerem alguma burrada. Sério, não é possível.

Bandidos no Brasil tem tanta mordomia que até assusta. Acho impressionante como um criminoso procurado, assassino, traficante, etc, que não tem mais utilidade NENHUMA para a sociedade, deve ser mantido preso e vivendo às nossas custas! Afinal, quem paga as cadeias,
presídios, etc, é o governo. E quem paga o governo?

Um exemplo clássico. Fernandinho Beira-mar. Traficante internacional, assassino, uma caralhada de coisas que o meliante já fez. Serve pra quê?! Deixa o cara preso e o que ele faz? CONTINUA AGINDO, pois bandido no Brasil é moderninho, tem celular e o caralho a quatro. Agora me diz, por que não matam logo o cara?

Uma outra coisa EXTREMAMENTE ESCROTA no Brasil, é o fato de LIBERAREM presos para visitarem suas famílias em certos feriados. Na real, COMO ASSIM?!?!?!?! O cara tá preso, mas mesmo assim, tem o direito de passar um feriadinho com a mamãe e o papai??? O fato de ter cometido um crime que se foda, então? O legal é que o cara tem que voltar depois. Mas não sei se a polícia vai até ele ou ele chega na cadeia e diz “oi, voltei.”.....

Aí as pessoas vem e me dizem: “mas tem muita gente inocente que age por impulso ou desespero, por isso acabam cometendo alguns crimes.”. Tá. Ok. Certo. Então, se eu em um momento de falta de grana, assaltar um banco, matar um guarda por ter me assustado e parar um bairro inteiro por causa disso, causando um PUTA prejuízo para um monte de gente, devo ser taxado de coitadinho? NÃO! Se alguém chega a esse ponto, perde a credibilidade de ser tratado como pessoa normal.

Sim, é um pensamento bastante extremista, mas se as coisas funcionassem assim, a nossa situação seria muito diferente.

Quem não garante que as pessoas teriam medo, muito medo, de fazer algo de errado e ir para a cadeia e, dependendo do crime, acabar sendo morto? Claro, hoje em dia pouquissimas pessoas pensariam assim, afinal, já tá tudo errado mesmo. Mas acredito que seria muito melhor.

Diminuiria o número de meliantes na cadeia, poderíamos desenvolver novas leis mais sensatas que analisariam melhor o caso e o psicológico do meliante, para saber se REALMENTE vale a pena manter o infeliz vivo.

É então que os chatos vem encher meu saco “quem somos nós para saber quem deve viver e morrer?”. Bom, se nós temos as leis e as regras para certas coisas, e alguém as descumpre, alguma punição deve ser feita, certo? Mas e se o cara faz isso muitas vezes? Quantas passagens pela polícia um traficantezinho não deve ter, antes de ser finalmente preso? Roubo, assalto a mão armada, fuga, etc etc?

Bandido não deve ser poupado não. Se o cara é uma ameaça a sociedade, não deve ser tratado como gente normal. Afinal, se foi preso, é por que perdeu o direito de estar livre, leve e solto junto a nós, pessoas normais. Então por que “agradá-los” mesmo quando presos?

Também é muito discutido o fato de que em vez de criticar o jogador, deve-se criticar o jogo. O jogo em questão, é a própria sociedade de onde veio o meliante infrator. Mas alguma ação tá sendo tomada nesse país? Se está, então não tá mudando muita coisa.

As pessoas tem que parar de sentir pena de um desconhecido qualquer. Fingir que se importa só por que ouviu meia dúzia de palavras na televisão. É extremamente ridículo o que se ouve por aí, quando acontece algum caso na TV.

Sim, vou citar o caso mais recente que me deixou indignado. O tal do Lindemberg, que atirou na ex-namorada e na amiga dela.

Honestamente, pouco me importa. É informação inútil e extremamente sensacionalista, usada para chamar mais gente estúpida para frente da televisão. Também foi um excelente espetáculo para rirmos da nossa polícia. Agindo de maneira extremamente ridícula e amadora, sendo que países mais inteligentes teriam apagado logo o meliante que estava causando tanta dor-de-cabeça.

Aí é que entra o assunto principal desse texto. Por que não mataram logo o rapaz quando tiveram a chance? Assim, a vítima inocente teria sobrevivido, e teríamos um criminoso a menos no mundo. Era ÓBVIO que ele mataria as duas e depois se mataria. Depois de ter enrolado tanto tempo e com uma pressão psicológica imensa em cima dele, ele não teria muito o que fazer depois disso. A vida dele já era, apareceu na tv como um sequestrador e potencial assassino. Muitas pessoas estavam indignadas com ele e, inclusive, traficantes!! Isso mesmo! Ele conseguiu prejudicar até os traficantes da região, que tiveram suas bocas de fumo “fechadas” por causa do movimento da polícia. Bom, até que não foi tão ruim assim, ele ter sequestrado as garotas...
Enfim, acho que se a polícia tivesse usado menos os direitos humanos, e atirado na testa dele logo que apareceu na janela, muito dinheiro, tempo e esforço teria sido polpado. Agora o rapaz vai para a cadeia. Se não servir de boneca inflável para os outros meliantes lá dentro, vai ficar lá até ser julgado e sentenciado a X anos de prisão. E nesse período, vai ser “cuidado e bem tratado” pelo nosso dinheiro.

Acho muito errado darmos tantos direitos aos bandidos. Foda-se que são humanos, eles perderam a humanidade quando resolveram agir contra a lei.
Mas não tô falando que ladrão de galinha deve ser morto com dois tiros na testa pela polícia. Me refiro mesmo aos traficantes, aos assassinos impiedosos e coisas do tipo. Crimes menores poderiam ser tratados como os crimes pesados são hoje em dia. “Roubou um carro? Por que, tava precisando de dinheiro para pagar as dívidas? Ok, apenas 5 anos de prisão para aprender.”, “Ah, brigou com torcedor de outro time? Certo, certo... 3 anos de cadeia para você aprender a deixar de ser besta.”, e etc...

Leis novas poderiam ser feitas para “filtrar” cada delito, cada problema idiota que nossa justiça tem que enfrentar. Separaríamos criminosos de imbecis que fazem cagadas. Pessoas de má índole não deveriam viver mesmo, já idiotas que cometem erros e não são criminosos, devem apenas sofrer para aprender a não cometer erros de novo.

Outro dia ví um caso de uma criança de poucos anos que já usava drogas e assaltava alguns lugares. Quando foi preso, por denúncia de um lojista que tinha sido assaltado por esse garoto, o mini-meliante falou que ia matar o cara depois que fosse solto. O legal é que ele já tinha sido preso várias vezes antes, e a mãe já não sabia mais o que fazer com ele.

Agora me diz. Que futuro tem essa criança? Vai para a FEBEM ou sei lá o que, e faz o que lá dentro? Convive com que tipo de gente? O tratam como? É... tem de tudo para se tornar mais um traficantezinho/bandido sem escrúpulos no futuro.

Não devemos tratar ou ter pena de pessoas que decidem não seguir mais as regras da sociedade e agir por conta própria. Tráfico de drogas deveria ter uma sentença de morte para quem a praticasse, independente da idade. Ter sempre a esperança que uma pessoa vai se “recuperar” e se tornar alguém do bem, pode custar muito. Melhor não arriscar e gastar tempo/dinheiro com isso.

Não devemos ter pena daqueles que são criminosos mas estão sofrendo. Você teria pena se algum conhecido/parente seu fosse estuprado e o estuprador estivesse em más condições nas cadeias? Claro que não. Esperamos que o cara morra por ter causado tanta dor e sofrimento em quem gostamos. Por que não utilizamos esse sentimento, unido com a razão e inteligência, e fazemos o que deve ser feito?

Sabe o que é mais engraçado nisso tudo? Tenho CERTEZA que se algum político fizesse isso que eu disse, aprovasse leis que acabassem com os direitos humanos de bandidos e criminosos, além do fato de muitas pessoas que apoiam esses ideais se revoltarem, os próprios bandidos viriam reclamar??

Orra, o que já teve de rebelião em cadeias por causa das péssimas condições das cadeias.. imagina então se a política tira todo o direito deles de vez?? Seria engraçado, os bandidos se revoltariam tanto que causariam rebeliões em massa, criariam o caos no país inteiro e nós é quem sofreríamos as consequências, pois o que era pra ter sido feito e planejado no passado², não foi feito. Agora que estão todos acomodados e tranquilos nas suas celas com televisão, e etc, eles não querem perder isso.

Por mim, pode explodir todas as cadeias do mundo. Se tiver inocente dentro, é um preço a pagar para o nosso bem. Não me interessa o sofrimento das famílias dessas pessoas. O importante é acabar com essa putaria que são os direitos humanos para bandidos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Explicando o Blog

Ainda não cheguei a divulgar muito este blog. Não acho que tenha conteúdo o suficiente para ser jogado ao mundo e esperar que as pessoas leiam o que minha mente perturbada decide falar.

Mas para os poucos que decidem parar para ler estes enormes textos sérios e até mesmo cansativos, acho que devo explicar como funciona a coisa.

O textos aqui presentes são apenas um reflexo de alguns pensamentos espontâneos e momentâneos que surgem do nada. Muitas vezes estou apenas conversando com alguém e a idéia surge a partir do que estamos discutindo.

Porém, alguns outros são simplesmente reflexões que faço comigo mesmo, sozinho. Penso sobre certos assuntos sempre vendo os dois lados da questão e, por isso, posso até me contradizer em certos argumentos.

Alguns textos foram criados durante algum evento ou acaso que ocorreu em minha vida. Ou simplesmente uma idéia/assunto que me veio a mente sobre o que estava acontecendo. Tento refletir sobre a situação e achar uma resposta sozinho, então resolvo escrever para poder avaliar as minhas conclusões e paranóias.

É, alguns textos não são muito motivadores. Tenho meus momentos de depressão e ódio por tudo e todos. Mas, afinal, quem não tem? Essas ocasiões são perfeitas para a inspiração, pois temos muitos sentimentos que preferimos esconder ou omitir para o nosso bem. Mas aqui, resolvo "desabafar" e debater sobre, mesmo que seja comigo mesmo.

Alguns assuntos são aleatórios, que surgem do nada. Outros, são minhas opiniões sobre certas coisas. Como podem ver, não sou muito fã de religião. E admito ser uma pessoa tosca e infantil quanto a isso, ao criticar de maneira tão direta e sem pudor. Tento deixar o texto sempre o mais "limpo" possível, evitando palavrões e argumentos estúpidos como "isso é uma merda" e etc.

Ainda estou longe de alcançar o meu objetivo com esse blog, que é torná-lo um refúgio de meus pensamentos e um banco de dados de idéias. Não é sempre que a inspiração vem me visitar e também, muitas vezes a vontade falta, já que não ando muito motivado.

Mas aos poucos, mesmo que demore, vou colocando novas obras e opiniões. Gostaria muito de poder atualizar sempre com uma idéia nova, um devaneio ou até mesmo uma crítica. Porém, se eu escrever tudo o que penso, o blog ficaria muito poluído com textos mal-escritos e horrivelmente explorado, já que muita coisa se passa pela minha cabeça e consigo perder a linha de raciocínio muito facilmente.

Não me considero um escritor ou algo do tipo. Sou apenas uma pessoa "normal" (nem tanto) como qualquer outra, que apenas não tem medo de falar certas coisas. Posso soar arrogante ou infantil em algumas partes, por isso, peço que não leve para o pessoal. A não ser que você seja um religioso, aí não tem jeito, vou te criticar até a morte.

Espero ter sido claro, e que as pessoas entendam o propósito do blog. Não é para ser um tipo de imposição da minha opinião ou para mostrar que eu estou certo e outros errados. É apenas a visão de uma pessoa que não está muito contente com a realidade :)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Religião II

Engraçado como algumas pessoas acham errado quando um ateu critica a religião do outro. Falam que a pessoa é mal-educada e que não se deve provocar a fé de outra pessoa simplesmente por não concordarmos com ela. Tudo bem, podemos fazer isso, evitar de provocar ou argumentar contra a fé de quem acredita num ser superior e etc. Mas isso só funciona se o pessoal religioso fizer o mesmo.

Recentemente, aconteceu algo que me inspirou a escrever este texto. Um antigo amigo de minha mãe e tias, as encontrou na Internet. Trocaram recados e se adicionaram no MSN (sim, elas são modernas...). Não preciso entrar em detalhes sobre a vida das pessoas envolvidas na história, apenas que o tal sujeito acabou virando um pastor de alguma igreja por aí. E então, começou.

O meliante vinha conversar sempre falando de Jesus e etc, sempre querendo pregar a crença dele para outras pessoas. Quando elas falavam que não acreditavam nessas coisas ou então que são de outra religião, o pastor insistia no assunto.

Entendem o meu argumento? Acho muita cara-de-pau de algum religioso querer converter as pessoas, muitas vezes contra sua própria vontade. Se você nega o que ele está pregando, você então é taxado como o anti-cristo, um satanista, seguidor do tinhoso ou então que está possuído. Ah.... [xingamento aqui]!

Acho muito engraçado MESMO quando fazem isso, de querer converter a pessoa à força. Se não me falha a memória, o tal Deus da bíblia prega o “livre-arbítrio”, certo? Se somos livres para fazermos nossas próprias escolhas, como alguém pode nos forçar a acreditar em algo que não queremos? E ainda ousar falar que é a vontade de Deus... Isso me irrita profundamente.

Ainda não tive a chance de falar isso para um crente pessoalmente, que, ao tentar me converter, ele estaria indo contra a vontade de Deus. Afinal, se eu nasci, cresci e descobri que religião não é pra mim, não fiz nada de errado. Ok, posso ter blasfemado algumas várias vezes, mas por pura diversão apenas. Mas mesmo assim, não acredito no céu e inferno, então não faz diferença pra mim. Porém, se eu realmente estiver enganado e realmente existir um Deus que me criou, então ele sabe que eu seria ateu, afinal, ele é onisciente, certo?

Pois bem. Então sendo assim, Deus sabe que todas as pessoas que são atéias não se converterão, então não terão salvação por mais que seus “soldados” tentem mudar isso. E ainda, se Deus ordena que alguém mude alguém, ele estaria agindo contra o livre-arbítrio, não? Pois é, acho que no caso, falar que é a vontade de Deus, seria contraditório e apenas uma desculpa para ter mais um idiota abaixo do teto da igreja.

Ok, posso estar enganado ou generalizando demais, como muito ateu revoltado faz, admito. Mas existe isso e é muito mais frequente que imaginamos. Ví um vídeo há um tempo atrás sobre um sujeito que foi à Igreja Universal procurar uma cura para a gagueira dele. Lá, o pastor falou que ele estava possuído! O homem, incoformado, não deixou que os pastores colocassem a mão nele. Foi aí que ele foi forçado a se ajoelhar e aceitar a bênção, mas relutou. No final das contas, foi levado a um quarto onde bateram nele por dar uma de “valente” dentro da igreja. A mulher, desesperada, pedia ajuda pra tirar o marido de lá, mas os crentes, cegos pelas palavras dos pastores, falavam que ele estava possuído e que seria libertado do capeta. Enquanto isso, outro pastor agitava as pessoas para cantarem , abafando os gritos do coitado.

Revoltante ou não? Mas de fato, esse é assunto para outro texto.

Ps: para os interessados nesse vídeo, o link é: http://www.youtube.com/watch?v=llqQVV9BDx4

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Amor I

A eterna busca pelo amor. Uma jornada em que todo ser humano parte em busca de sua outra metade, porém percorrendo caminhos longos e muitas vezes, sem fim.

Durante a busca, se depara com diversas pedras no caminho, como a incerteza, a insegurança, o engano e o falso-amor. Sempre somos enganados por estes, que nos fazem acreditar que finalmente encontramos o cálice sagrado. Porém, outros inimigos desta jornada aparecem, como o tempo, a tentação, o medo e o ciúmes.

O tempo, pode ser um aliado como também pode ser o pior inimigo. Com o tempo, as coisas mudam. E se o amor não é verdadeiro, ele não dura e acaba desaparecendo, ou a pessoa descobre que na verdad, o amor nunca existiu.

A tentação é na verdade, um teste. A pessoa será testada para provar seu amor, tendo que driblar as situações impostas pela tentação e evitar ao máximo em ser derrotado. Se ela perde, então é uma prova de que o amor não era definitivo e cheio de incertezas, portanto a jornada continua.

O medo e o ciúmes andam juntos. Pode-se incluir a insegurança neste grupo também, pois todos estão interligados. Ao estar com outra pessoa, você se sente confortável e seguro. Mas se não houver confiança, nada disso realmente acontece. A falta de confiança em uma pessoa, gera o medo em perdê-la para as situações da vida. Um(a) amigo(a) muito próximo de seu companheiro, passa a se tornar um tormento psicológico. O ciúmes entra na cena gerando conflitos, pois o(a) ciumento(a) pode tentar limitar a outra pessoa, apenas para sua segurança. A solução praticamente não existe, pois se não há confiança, não há possibilidades de um relacionamento dar certo.

Com tantas pedras no caminho, uma pessoa pode acabar sofrendo traumas, depois de alguns enganos emocionais. Por se sentir traído, cria-se paradigmas sobre as situações que foram vividas, que com o tempo se tornam dogmas no modo de pensar da pessoa. Com isso, os esteriótipos passam a ser levados em conta e atribuidos para pessoas no geral.

Não se deve atribuir traumas do passado ao presente. As pessoas não são iguais. Homens e mulheres não são idênticos em todos os aspectos, como dizem por aí. Nem todo homem é cafajeste e nem toda mulher é vagabunda. Essas frases foram ditas por pessoas que realmente tiveram o azar de terem seus corações despedaçados.

A vida nunca foi e nunca será fácil. O amor funciona da mesma maneira. Quando temos um objetivo, se quisermos realizá-lo, tempos que investir tempo, suor, lágrimas e sangue nisso. Com o amor, é a mesma coisa. Se algo não deu certo, não é motivo para se lamentar ou crucificar todas as pessoas do sexo oposto. Deve-se apenas seguir em frente, aceitar o que aconteceu e acreditar que não era pra ter acontecido.

Todo relacionamento tem seus momentos bons e felizes. E obviamente que discussões e brigas também fazem parte. O que deve ser feito, é ser totalmente aberto para as idéias da outra pessoa, e respeitar suas opiniões, diferenças e peculiaridades.

Um dos grandes problemas que vejo hoje em dia, é que muita gente está em um relacionamento para o seu próprio bem. Pessoas que vêem um relacionamento como uma fonte de sexo constante e um companheiro para horas extras.

Certo dia ouvi uma frase: “O verdadeiro amor acontece quando você encontra a sua felicidade, na felicidade de outra pessoa.”. Se esta frase fosse aplicada nos relacionamentos atuais, acredito que muita coisa seria diferente.

Mas percebo que essa verdade só fica com os sonhadores e românticos, os poucos esquecidos e subestimados.

Porém, o amor é algo que realmente fascina, quando une duas pessoas que são consideradas totalmente o oposto da outra. Pessoas de diferentes níveis sociais, raças, ideologia... Outro dia lí sobre um casal de adolescentes que eram de diferentes religiões, lá no oriente médio. Todos sabemos como esse povo pode ser bastante extremo quando se trata de religião. Pois é, e esses adolescentes não foram poupados. Lincharam a pobre garota de 16 anos em frete a sua casa, com socos, chutes e pedradas. Mesmo inconsciente no chão, continuavam a pisar e chutar, até que ela morresse. Mais um motivo para eu odiar religiões.

No fim, acho que o certo é deixar que as pessoas vivam suas vidas como queiram, com a pessoa que quiser e como quiserem. Não é nosso direito criticar a escolha de outrem.

Mas voltando ao tema inicial. Quando, durante nossa jornada, nos deparamos com aquela pessoa que acreditamos ser a certa, se o sentimento for correspondido, não há muito o que se exigir, além do convivio e da reciprocidade. O que todos querem na vida, é ter alguém ao seu lado que o acompanhe durante sua jornada pela vida. Seja como for, se realmente for verdadeiro, não há o que temer, pois o casal saberá como lidar um com o outro.

Porém, como já deixei bem explicado, não é um caminho fácil para se encontrar “aquela” outra pessoa. O importante é não desistir, e jamais condenar. Não existem leis e regras que determinem como as pessoas são emocionalmente e intimamente. No final, todos somos estranhos.

Internet e Orkut

Hoje em dia, está realmente muito mais fácil falar e ser ouvido. Com as facilidades da Internet, podemos divulgar qualquer material para o mundo todo, sendo de nossa autoria ou não. Uma prova disso, é o meu blog que vocês estão lendo.
Porém, as coisas não se limitam apenas a textos e opiniões.

O Orkut foi uma revolução no Brasil. Criado por um americano, o site de relacionamentos se tornou muito mais famoso por aqui, mesmo tendo bastantes usuários americanos e indianos.

Mas o que me deixa curioso nisso tudo, é como as pessoas gostam de aparecer e fazer de suas contas no orkut, um “mini-big brother”.

As informações que são escritas e divulgadas em seus perfis, podem ir além do que se precisa saber sobre as pessoas. Algumas, falam sobre tudo o que acontece em suas vidas. Outras, preferem citar seus planos e conquistas. Usam o orkut como um diário, e ainda reclamam quando alguém vai lá “fuçar” a sua “vida” pessoal.

Honestamente, a Internet é o pior lugar para querer ter privacidade. Ainda mais em um site de relacionamentos! Diariamente, vejo que algumas pessoas atualizam seus perfis todos os dias, falando sobre suas vidas em todos os sentidos. Agora que o orkut está mais atualizado e com mais ‘features’, pode-se adicionar muitos detalhes novos que revelam cada vez mais a sua pessoa.

Um dos principais features que vejo sempre ser atualizado por algumas pessoas, é a mensagem do perfil, uma frase que fica no cabeçalho da página do usuário. E algumas pessoas usam essa frase para dizer coisas como frases de efeito, mensagens aleatórias, emoticons, etc. Mas vejo que muita gente também gosta de citar suas vidas nela. Como por exemplo: “Virei a página, você não é mais importante.”, “O fulano é um [adjetivo]”, “estou triste”, e etc.

Divulgam informações pessoais que, mesmo negando, percebe-se que é um tipo de chamado para que as pessoas dêem atenção a ela. Quem se divulga tanto assim, provavelmente está querendo que as pessoas venham até ela e perguntem sobre sua vida.

Acho muita hipocrisia quando alguém que se amostra tanto assim na Internet, reclama que as pessoas ficam xeretando sua vida pessoal. Ou então quando não gostam de ser alvo de críticas de pessoas desconhecidas.

Porra, a Internet é um antro de pessoas imbecis e estúpidas, ainda mais agora com a inclusão digital. Muita gente vê a Internet como algo descartável e apenas para diversão. Portanto, tendo em vista que não tem nada a perder, podem ser as pessoas mais escrotas do mundo sem se importar. Afinal, quem está do outro lado sendo insultado, não vai poder fazer absolutamente nada.

E ainda tem o fato do orkut ter a função de imagens e álbuns, onde você pode colocar fotos de sua família ou de eventos em que participou. Uma boa maneira de mostrar sua cara ao mundo. Mas também é um chamativo para que as pessoas queiram te conhecer. Mas aí é que tá.

Ao revelar sua aparência para os internautas, estamos à mercê de pessoas que nos julgam apenas pelos nossos aspectos físicos. Ou seja, se você tem uma foto sua no seu perfil do Orkut, é o suficiente para que pessoas do Brasil e do mundo, venham querer te conhecer. E claro, sempre com segundas intenções, afinal, ninguém tem nada a perder.

São futilidades que enojam, pois mostra como as pessoas são. E cada vez mais, com as atualizações novas do orkut e de outros sites do mesmo tipo, podemos ver como as pessoas podem ser toscas e estúpidas.

Podemos ver como pensam, como agem, como vivem e até como amam. Informações demais, coisas que deveríamos descobrir apenas quando estamos conversando frente a frente com alguém, pessoalmente. Mas hoje em dia podemos pular esse “problema” de interação social e irmos direto ao ponto que queremos, pois toda essa interação já foi feita pelo orkut e msn.

Com o tempo, vamos percebendo que a Internet deixará de ser apenas uma coisa de computador e se tornará nossas vidas por inteiro, já que, atualmente, muitas pessoas já a utilizam para se divulgar e conhecer novas pessoas, coisas que costumávamos fazer “offline”.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Auto-Sacrifício

Muitos de nós temos o costume de sermos leais aos nossos acordos, compromissos, familiares e amigos. Nos sacrificamos, dedicamos parte de nosso tempo, apoiamos e, às vezes, suportamos. Tudo para o bem de algo, que seja maior que as nossas necessidades.

Mas até quando? O auto-sacrifício realmente é algo nobre, mas será que vale a pena nos desgastarmos tanto, apenas para agradar alguém? Ou até mesmo, quando é necessário que nós façamos esse tal sacrifício, mas no fim das contas, acaba sendo uma enorme dor-de-cabeça. Será que realmente vale a pena?

Acho legal quando alguém decide algo pensando nos outros, deixando suas vontades de lado para satisfazer a necessidade ou apenas pelo agrado de outra pessoa. A vida é cheio disso, pois, mesmo quando não queremos, temos que sacrificar nossa liberdade para determinadas coisas que farão bem para os dois lados. Em um relacionamento íntimo, isso é essencial.

Porém, até que ponto alguém aguenta? Nos sacrificarmos para um bem maior pode ser bom, mas se isso nos afeta, será que devemos continuar? Parar com tudo obviamente causará um efeito negativo. Aí é que entra a questão: Será que os meus problemas são maiores/piores que os da pessoa que estou ajudando?

Não me entendam errado, não estou falando que devemos nos sacrificar sempre pelos outros e achar que eles precisam da nossa ajuda mais que nós mesmo.

O que quero dizer é que, quando nos sacrificamos por outros, esperamos que surjam bons resultados disso. Só que, se enquanto isso não acontece, nós começamos a nos prejudicar com isso tudo, será que vale mesmo a pena?

Pois é... apenas uma dúvida que me surgiu recentemente...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Expectativa e esperança

Esperar algo, seja uma ação de alguém ou um acontecimento, sempre gera aquela expectativa, no caso, positiva. Se esperamos a resposta de alguém a uma ação nossa, ficamos ansiosos para ver com a outra pessoa responderá. Pior ainda, quando a resposta em questão é algo que pode mudar tudo.

Essa esperança sobre determinadas coisas é boa. Mas quando estamos incertos sobre como a pessoa pode reagir, isso gera insegurança, e aí não é tão bom assim.

Esperar muito dos outros pode ser um problema. Se você não conhece muito bem a pessoa, então existem muitas variáveis que podem entrar no processo, e assim, criam certas confusões e situações dentro de nossas cabeças.

Mas não podemos culpá-las. Elas não são obrigadas a saber o que se passa em nossas cabeças, não podem adivinhar as coisas. Se não fomos diretos e claros nas nossas idéias, não podemos esperar que as pessoas reajam como esperamos e nos respondam sempre como queremos.

Temos sempre que ter em mente que não seremos correspondidos quando queremos ser. Essa paranóia é necessária, por mais horrível que seja. Mas não podemos fazer nada, as coisas são assim, e não temos como mudar isso e as pessoas.

Aceitar a realidade pode ser difícil e muitos relutam em aceitá-la, como eu, por exemplo. Sonhar é muito mais agradável, seguro e satisfatório. Um grande erro.

Desejar que as coisas sejam como queremos é uma grande besteira. Por isso sofremos tanto, pois queremos que o mundo e as pessoas sejam como queremos e respondam as nossas ações como desejamos. Assim, a gente “apanha” da vida e, espera-se que aprendemos. Mas essa esperança pode se tornar um vício. Sonhar é muito mais fácil do que aceitar a realidade.

É um defeito que temos que lidar com o tempo. Espero conseguir superar essa “falha”, e enxergar as coisas como devem ser vistas. Quem sabe assim, não me decepciono tanto?

Mas um detalhe. Geralmente essa decepção é em cima da pessoa que estamos com expectativas e esperanças. Mas temos que ter em mente que, somando tudo o que escrevi acima, a resposta da pessoa depende de nossas ações. Portanto se alguém não supera nossas expectativas, a culpa não é dela, e sim nossa. Por isso, em vez de se decepcionar com outras pessoas, temos que reavaliar as nossas ações e ver se quem está realmente decepcionando, somos nós.

Complicado, não? Pois é, bem-vindo ao meu mundo.

Eu estou cansado

Estou cansado de acordar todos os dias e desejar não ter acordado.
Estou cansado de ir trabalhar todos os dias sem vontade.
Estou cansado de sentar em minha sala e não fazer nada.
Estou cansado de não ter vontade de trabalhar.
Estou cansado de não conseguir me concentrar.
Estou cansado de reclamar de tudo e não tomar uma atitude.
Estou cansado de não ser capaz de tomar uma iniciativa.
Estou cansado de falar que quero isso e aquilo.
Estou cansado de voltar para casa e não ter o que fazer.
Estou cansado de estar apaixonado e não ser correspondido.
Estou cansado de não falar tudo o que sinto.
Estou cansado de não ter o que falar.
Estou cansado de ficar sem estudar.
Estou cansado de ser burro.
Estou cansado de começar as coisas e não terminar.
Estou cansado de ser viciado em certas coisas.
Estou cansado de ser um mal educado.
Estou cansado de não ter dinheiro pra nada.
Estou cansado de ficar no Brasil.
Estou cansado de querer sair do Brasil.
Estou cansado de entrar em conflito comigo mesmo.
Estou cansado de mim.
Estou cansado de você.
Estou cansado... de tudo...

sábado, 16 de agosto de 2008

Devaneios I - Imortalidade

Recentemente estive pensando sobre um assunto interessante. A imortalidade. Imaginei como seria se toda a raça humana fosse imortal, mas não desde o ínicio dos tempos, e sim, recentemente. Este tema foi discutido pela banda italiana de power metal, Vision Divine, em seu álbum “The Perfect Machine”.

Neste álbum, é contada a história da raça humana após a descoberta de um cientista que decifra o código genético de nosso DNA e também o motivo pelo qual leva as nossas células a envelhecerem e eventualmente morrerem. Com isso, ele consegue manipular as células a não pararem de se regenerar nunca, fazendo com que parássemos de envelhecer. Também seria possível criar curas para todas as doenças. No final, o homem se tornaria a “máquina perfeita”, como sugere o título do álbum. Mas isso é só o começo, pois junto com a novidade, surgem os problemas morais de tudo isso.

Para citar uma parte da história crítica para o entendimento deste texto:

“Esta nova condição faz com que o cientista tenha certeza que Deus não passava de uma invenção necessária para o homem durante sua vida mortal, para lhe trazer um sentido a uma existência em que todos procuram por uma resposta para o grande mistério da morte”

Com isso, o cientista conclui que, na verdade, as religiões em geral serviam como uma forma de profecia sobre a imortalidade do ser humano, que ao crer em seus instintos conservadores, um dia chegaria a descobrir o caminho para imortalidade. Assim, o Deus que todos adoravam, de qualquer religião, era na verdade uma projeção do que o homem se tornaria, ao alcançar o seu objetivo, fazendo com que o homem seja Deus e vice-versa.

Uma parte um tanto quanto incoerente, é que a reprodução humana passa a ser desnecessária, já que o motivo pelo qual nos procriamos, é apenas para perpetuar a nossa espécie e fazer com que as novas gerações construam um mundo superior e melhor. Mas ao atingir a imortalidade, o homem finalmente chegou ao topo, não precisando mais de filhos para continuar com o que foi deixado por seus antepassados.

Se formos parar para pensar, isso realmente é verdade e faz muito sentido. Porém, temos nossos “instintos” para reprodução, e muita gente deseja ter um filho(a) um dia. Não acho que mesmo sendo imortal, as pessoas parariam de se reproduzir. Viver apenas de sexo por toda a eternidade, por muito bom que isso possa soar, acaba uma hora perdendo o sentido. Com um filho, as pessoas poderiam se dedicar a isso, a tornar essa pessoa em alguém maior.

Porém, se a raça humana imortal decide não parar de ter filhos, uma hora o mundo acaba não aguentando mais pessoas. Afinal, ninguem mais morre pra dar espaço ao outro. Assim, a corrente de eventos naturais é quebrada.

Se formos longe nesse assunto, podemos imaginar que isso poderia ser cogitado mundialmente, e leis criadas para evitar uma super-população, evitando ou proibindo, as pessoas de terem filhos. Mas como sempre, existirão pessoas que não concordarão com a idéia e obviamente isso gerará uma grande discussão.

Penso ainda que muitos costumes não deixariam de ser praticados. Por exemplo, a pessoa vive para sempre, não pode mais ficar doente, mas mesmo assim, pode optar por usar drogas, fumar cigarros e beber bebidas alcólicas. Com a facilidade da cura para qualquer doença, o que impede as pessoas de viciar mais e mais nessas coisas?

Acho que o ser humano não deve viver para sempre, pois não temos uma cabeça feita pra isso. Ainda existirá a ganância para se ter tudo. Mas para isso, eu imagino que teria que ser feito uma mudança geral nas sociedades.

Primeiramente, o dinheiro não deveria mais existir. Afinal, não precisamos dele para sobreviver. Segundo, sem o dinheiro, não existiria o problema de falta de verba para novas tecnologias, estudos e pesquisas. O ser humano poderia se dedicar a estudar novas maneiras de explorar o espaço, ou criar novos tipos de entretenimento. Muita coisa poderia acontecer, sem o medo de não ter tempo.

Seria realmente um mundo perfeito. Porém, o “X” da questão é: Até quando aguentaríamos viver assim? Uma hora as coisas cansam. Isso é óbvio. E tendo todo o tempo do mundo pra fazer o que quiser, não existirá aquele que falará “não tenho tempo para essas coisas” ou então “eu queria fazer aquilo, mas não tenho tempo”. Você poderia ir a qualquer lugar, trabalhar com o que quiser, se dedicar a vários esportes ou hobbies. Mas isso uma hora se tornaria repetitivo e enjoativo. Poderia demorar para uma hora se cansar de tudo, mas cedo ou tarde, isso acontecerá.

Aí que eu penso que com isso, muita gente se suicidaria. Enlouqueceria.

Com a imortalidade, a vida perderia todo o seu sentido. Nós nascemos com um prazo de validade. Crescemos e aprendemos com o tempo. Nos dedicamos à alguma coisa para podermos sobreviver e curtir nossas vidas. Tudo isso, para que possamos ter uma morte boa. Filhos são essenciais para nossas vidas terem sentido, afinal, o que termina conosco, continua com as próximas gerações.

Vivendo para sempre, não temos mais preocupações “mortais”. A vida teria um novo sentido, porém, a base de quê? Prazer? Viveríamos pra sempre nos esbaldando em passa-tempos e diversão. A vida realmente é para isso?

A imortalidade dá tempo ao homem, mas não muda seu modo de pensar. De que adianta vivermos para sempre, se as pessoas continuam com a mesma mentalidade?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Hedonismo e rotina

Acho que é impossível ser hedonista hoje em dia no Brasil. Pelo menos se você não esbanja dinheiro.

Se você for uma pessoa normal como eu, sabe que é difícil fazer o que gosta, comprar o que quer e curtir como queira, sem ter dinheiro.

Ainda mais, para ser hedonista, você faz tudo para o seu prazer. Mas dependendo do seu estilo de vida, você não pode se dedicar apenas a você mesmo.

Talvez um sinônimo para hedonismo seja “egoísmo”. Se for o caso, eu sou um egoísta.

Porém, não praticante no momento. Mais uma razão por que acho difícil ser hedonista.

Se você trabalha, você precisa passar grande parte do seu dia fazendo alguma coisa para os outros, mesmo sem querer. Você gasta seu tempo seguindo ordens, tempo que poderia ser usado para fazer algo para o seu prazer. Nem que seja dormir até mais tarde só por que é bom. Mas não, é impossível pensar em alguma coisa dessa, com tanta coisa a fazer. É foda...

Por isso que eu odeio rotina. Consome muito o meu tempo e não o aproveito como quero. Acordar cedo, se arrumar, sair às pressas, chegar no trabalho e continuar com aquele ritmo infernal de todo dia, é realmente uma merda.

Quando se tem uma pequena folga, tenta-se aproveitá-la ao máximo. Quando ela acaba, toda a alegria que foi pouco vivida, é retirada de você como se fosse o seu último suspiro no leito de morte.

E quando chega em casa, então? Toda sua energia foi gasta já fazendo coisas que você não gostaria de ter feito. E como praticar o hedonismo assim? Como vou viver ao meu prazer, se parte de minha vida é controlada por um sistema que exige que eu dedique horas do dia apenas sonhando com o final de semana e o pagamento no fim do mês? Sabe, às vezes eu acho que isso não é vida. E por causa disso, já cogitei INUMERAS vezes a hipótese de jogar tudo para o alto e viver minha vida. Agora me diz, vou fazer isso como, se além das pessoas que dependem de mim, eu não tenho nenhum puto no bolso??

É foda, é foda...

Não quero ser um hedonista para apenas curtir a mim mesmo algumas horas por dia ou então só nos finais de semana... Isso não é hedonismo.

Porém, se o trabalho fosse algo realmente prazeroso, algo que faria eu acordar cedo e empolgado, a história seria totalmente diferente. Mas acredito que se fosse tão fácil assim, o mundo não seria tão ruim como é hoje em dia.

Mas descobri que se não temos uma forma de fugir dessa realidade, então está tudo perdido, e viramos escravos da rotina.

Eu chamo isso de “válvula de escape”, uma forma de fugir de todos os problemas, mesmo que por um curto período de tempo. Cada um tem a sua própria válvula, podendo variar de pessoa para pessoa. No começo, eu achei que fumar seria uma boa forma de desestressar. E foi. Mas os problemas foram crescendo e o cigarro aumentando. Agora sou um viciado e estressado! Irônico, não?

Mas com o tempo fui descobrindo mais maneiras de fugir do stress de uma rotina infernal. Conversas com uma certa pessoa ajuda bastante. A música também é um excelente remédio. E descobri que é na música onde eu me encontro realmente. Mas isso é assunto para outro post.

Para concluir: Hoje em dia, se você trabalha ou ocupa seu tempo para poder viver os seus prazeres hedonistas, resultando em horas do dia perdidos para isso, então você não é hedonista.
Mas para que todo esse stress seja tolerável, você precisa de uma “válvula de escape”. Eu por enquanto tenho a minha, e você?

Responsabilidade

Hoje em dia, essa palavra tem outro significado para mim... Responsável pra mim, mudou para “culpado”, e “ter responsabilidade” é o mesmo que “assumir a culpa”.

Foda ter um monte de coisa dependendo de você, e, qualquer errinho que você cometer, pode acarretar em inúmeros desastres que não só te afetam, como também aqueles que estão com você.

Ter a responsabilidade de fazer algo que vá ajudar muitos é muita coisa para uma pessoa só. Não ter direito a mais chances é cruel demais, porém, se você tem este cargo, então foi por merecer. Mas nem sempre é assim.

Por isso, qualquer deslize ou falta de atenção, acarretam em problemas que irão te perturbar enquanto não forem resolvidos a tempo. E tempo é mais outra coisa que também mudou de significado. Claro, mudou pra pior.

Era bom quando não tínhamos problemas e tarefas para se preocupar. Era muito bom chegar em casa e pensar “ai ai... o que que eu vou fazer hoje? To sem nada pra fazer mesmo...”. Por um tempo foi ruim, pois era tanto tempo de sobra que não sobravam coisas para fazer. Mas hoje em dia eu percebo que eu daria tudo para voltar a esse tempo.

Sim, já deu pra perceber que ta tudo uma merda aqui... Não sei se cresci muito rápido ou se não cresci mesmo. Talvez seja por isso que eu culpe tanto as responsabilidades a mim mesmo.

Não posso confirmar, mas sei que ta sendo uma merda. Muita coisa acontecendo, muito pouco sendo feito e muito coisa querendo ser realizada mas sem a chance para o tal. Nunca pensei que fosse me sentir assim... Quando era apenas um jovem sem idéias na cabeça apenas pensando sobre “o que fazer a seguir?”, esse tipo de situação nunca passou por mim. É, talvez meus pais estavam certos em falar que só quando eu crescesse, eu viria como é uma merda ser gente grande.

Mas na real, acho que nem gente grande eu sou ainda. E pra ser mais honesto ainda, eu nem quero ser. Mas essa utopia não cabe no meu mundo, portanto, tenho que engolir seco e fazer o que tenho que fazer, mesmo odiando.

Tudo bem, “de boa”. Mas espero que isso não me consuma com o tempo. Achei que fumar ajudaria... E na verdade até ajudou, mas não o suficiente. Calma, não vou apelar para algo mais forte, não sou tão imbecil assim. Mas de qualquer forma, preciso de uma válvula de escape.

Pensei que talvez conversando com alguém fosse ajudar, mas não sou de dividir meus problemas com os outros. Não quero que os outros sintam pena de mim, ou se preocupem comigo. Todos já temos problemas o suficiente para enfrentar diariamente, portanto os meus não precisam fazer parte dos deles.

É... Essa filosofia de individualismo é legal, mas tem seu preço.

Família? Sabe, honestamente eu não agüento mais ela. Na verdade, grande parte dos meus confrontos internos comigo mesmo são causados por esse monte de gente que divide o mesmo sangue que eu. Mas vou fazer o quê? Família a gente não escolhe. E nem trocaria também. Sim, é uma hipocrisia querer falar mal e proteger ao mesmo tempo. Estou acostumado a me contrariar o tempo todo.

Porém, nem tudo é um inferno. Mesmo que seja breve, encontrei uma válvula de escape que me ajuda bastante a tolerar os problemas do dia. Não nos falamos muito, mas o pouco que é falado, é muito importante pra mim. Seria legal se fosse o contrário também, mas aí é pedir demais.

Heh, sim, eu sou um cara confuso. Tente ser eu, você vai se divertir de tão confusa que é a minha mente. Eu me divirto. Mas a diversão é pouco vivida, com o pouco tempo que tenho para fazer o que gosto mesmo.

Isso explica por que eu não durmo muito. Tento aproveitar meu tempo livre ao máximo, nem que para isso seja necessário sacrificar algumas horas de sono. E se for para usar esse tempo com alguém, então vale milhões de vezes mais a pena!

Tenho muito pra falar ainda, mas acho que não estou pronto. Queria falar mais sobre essa pessoa especial, mas ainda é cedo. Platonices são fodas...

Enfim, não sou de escrever blogs (um eufemismo para um diário), mas tinha que tirar esse mini-peso de dentro de mim.

É isso ae.

domingo, 9 de março de 2008

A força do ser humano

O ser humano é fraco. Isso é um fato que muitos relutam em aceitar.

Somos fracos por termos a necessidade de querer acreditar que tudo faz sentido e de que há uma razão para tudo.

Somos fracos, pois somos fúteis e imperfeitos.

Somos fracos por termos medo do desconhecido e não ter coragem de enfrentá-lo.

Somos fracos por dependermos fisicamente, financeiramente e psicologicamente de outra pessoa.
Somos fracos por temermos o tempo.
Somos fracos por termos medo da morte.

Somos fracos por sermos hipócritas.

Mas mesmo assim, nós conseguimos superar algumas fraquezas. Temos algumas características formidáveis que fazem com que superamos muitas, mas nunca todas, fraquezas! A principal delas é a evolução.

A evolução é na verdade um aprendizado, “vivendo, errando e aprendendo”. Durante nossas vidas, aprendemos a viver, a conviver e a fazer. Errando, nós aprendemos o que fazer para evitar que o erro se repita. Assim evoluímos cada vez mais com nossos erros.

Se descobrirmos o que há de errado conosco, trabalhamos em cima disso para que não seja mais um problema. Ao descobrir um problema novo em qualquer situação, se nos convêm, tentamos solucioná-lo.

Mas a nossa fraqueza às vezes supera nossa capacidade.

A sociedade cria certos padrões/dogmas de diversos assuntos que para alguns, não os convêm. Exemplo: vestimenta, ideologias, materialismo, religião, e principalmente, seus gostos. Ao contrariá-las, somos excluídos socialmente por não fazer parte dos padrões que todos seguem. O maior problema nisso está ligado em outras de nossas fraquezas, as futilidades da importância que damos a opinião dos outros, a dependência que temos de outras pessoas e o medo de perder nossas conquistas.

Quando isso ocorre, é gerado um conflito interno na pessoa, onde suas ideologias são obrigadas a serem omitidas para que possa haver um convívio social. Assim, estamos negando a nós mesmos por causa dos nossos apegos e insegurança.

A fraqueza nisso está em sermos covardes a ponto de não contrariarmos os padrões e opiniões. E o principal fator que gera essa fraqueza, é a falta de respeito com a opinião, gostos e ideologias de outras pessoas. Pois, ao fazer parte de uma sociedade e seguir os padrões dela, nós nos acostumamos a esse estilo de vida. Tudo aquilo que a contradiz é taxado como “diferente” ou “estranho” e por causa disso, sofre preconceitos por parte dos que não concordam com a tal diferença.

Um exemplo disso nos dias de hoje, é os diferentes estilos musicais e suas respectivas tribos. Se em uma comunidade “country” surge um punk, isso gerará um certo conflito de ideais e gostos. A maioria estará indiferente quanto ao punk por ele não seguir os mesmos conceitos que a maioria. Por isso, acabam criando paradigmas e preconceitos sobre o que não conhecem.

E isso nos trás a próxima fraqueza do ser humano, que é o medo do desconhecido. Às vezes, uma forma de agressão e desrespeito com outras pessoas de diferentes padrões, é um modo de se “defender” ou evitar uma certa coisa que é desconhecida para o agressor. E para não ter o problema de se arriscar em algo que lhe é desconhecido, o ser humano prefere evitá-la mesmo sem conhecer o que está evitando.

Nossos preconceitos e medos nos fazem tirar conclusões sem fundamentos, baseados apenas nos “achismos”, sendo que, na maioria das vezes, nós estamos totalmente errados no que concluímos.

Por isso, vemos muitas pessoas criticando outras culturas ou gostos sem mesmo saber do que se tratam. E isso é algo totalmente inaceitável para um convívio natural entre pessoas de diferentes aspectos.

Para concluir, mesmo que nós humanos somos fracos e temos muitas falhas, se tentarmos evoluir através da razão e do bom-senso, nós podemos nos tornar fortes ou quase isso. Porém, a perfeição é um paradoxo para o ser humano, pois não existe um tipo perfeito para nós. Afinal, a raça humana inteira não foi feita para pensar igualmente, onde cada um tem o seu jeito de pensar e de ser. Se uma pessoa atinge uma “perfeição”, outras pessoas acharão falhas nela, independente de sua perfeição em qualquer aspecto.

Peço desculpas pelo texto um pouco misantropo e analitico. Com certeza em alguns aspectos eu posso estar errado, portanto, sou apenas mais um reclamando de nossas imperfeições.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Religião – Cristianismo e variantes I

Começando com o blog, quero já ir direto ao ponto e cutucar aqueles que eu sempre gostei de cutucar.

Religião é sempre um tema legal para se discutir, pois sempre gera polêmica, e, na maioria das vezes, ninguém ganha a briga ou então os dois lados ficam putos um com o outro.

Mas sério, quer coisa melhor do que questionar a religião alheia, com um belo tom cético, uma cabeça cheia de paradigmas e uma grande vontade de se divertir com tudo isso? Para uns, isso é uma falta de educação. Para mim, é um grande divertimento e um belo jeito de analisarmos o pensamento e as crenças que uma pessoa pode ter. O melhor jeito de começar uma “briga” é perguntando a um religioso: “por que você acredita na sua religião?”. Da para fazer uma lista das respostas que você poderá ouvir. Geralmente, a que sempre ganha é: “por que Jesus é meu salvador”. Ok. Salvador, certo.

Agora me diz, você acredita mesmo em tudo aquilo que falam que o dito-cujo fez? Racionalmente falando, seria possível transformar água em vinho, andar sobre a água, fazer milagres de cura, e etc? De acordo com os que têm fé nele, são tudo obras divinas, ou seja, milagres. Mas admito que usar "razão x fé" é um assunto delicado. Por isso, esse tema fica para outra discussão.

O que eu sempre achei engraçado nisso tudo é que geralmente, quem recebe um milagre desses, como, por exemplo, ser curado de uma cegueira graças ao toque de Jesus, provavelmente merecia tal graça do senhor, certo? E o que faz de uma pessoa ser merecedora de um milagre, ainda mais, pelas mãos do filho do barbudão?

Será que essa pessoa precisa passar uma vida inteira dedicada ao seu grande senhor Deus? Ou será que apenas uma vida sem pecados? Naquela época eu não sei dizer como as pessoas viviam, mas hoje em dia, eu acho que “viver longe do pecado” é uma hipocrisia.

Primeiro que a idéia dos pecados é um modo bem chato de proibir tudo aquilo que nós adoramos fazer: dormir até tarde, comer um monte de porcaria sem motivo, xavecar a mulher do próximo, e etc. Aí os religiosos diriam: “Mas essas coisas são influenciadas pelo tinhoso”. Aí nós chegamos na parte que eu mais gosto. O conceito de céu e inferno.

Juntando o assunto de quem é merecedor ou não de um milagre, nós podemos adicionar também “quem é merecedor do céu e quem não é.”. O que faz uma pessoa ser merecedora de um canto no paraíso, ao lado do barbudão e sua trupe de anjos? Será que a pessoa teria que seguir a religião dele para poder entrar lá? Mas e se um cara qualquer, ateu, vive sua vida na maior santa paz, sempre ajudando os outros, faz caridade, é um bom marido (que só casou na igreja por que era o sonho de sua esposa), um bom pai, e etc, mas nunca se dedicou a religião nenhuma desde pequeno (seus pais, também ateus) e nunca deu importância para os mandamentos, leis e regras impostas por Deus? Esse cara quando morrer, ele vai direto pro inferno, só porque não quis aceitar Jesus como seu salvador e etc? Sabe, francamente, se ele merece ir pro inferno por causa disso, então esse Deus aí não ta sendo muito justo não.
Pense comigo. Se ele realmente foi quem nos criou, ele sabe como nós somos. Temos nosso livre-arbítrio, certo? Portanto, se fomos educados de que não existe ninguém lá em cima ou em qualquer canto de qualquer lugar, afinal ele é onipresente, caso exista mesmo um céu e inferno, essa pessoa vai pro inferno? De acordo com a lógica, ela seria uma ignorante apenas, mas não um mau ser humano ou coisa do tipo. Se for negada sua entrada no céu, então Deus faz do paraíso seu “clubinho” particular, onde apenas os “membros” fiéis entram.

E ainda, quem já leu a bíblia sabe que no último livro, o Apocalipse, chega o dia do juízo final. O dia em que o inferno rola solto na terra e tudo vira uma grande festa para o coisa-ruim. Até que, não me recordo muito bem, Jesus aparece e toma conta do pedaço, fazendo assim com que o Diabo perca a luta e todos os seres humanos que já existiram possam ser julgados para saber quem vai pro paraíso e quem é atirado no mar de fogo para sofrer por toda a eternidade!! Nossa, mas que exagero! Se Deus é tão perfeito e tão bom como todos dizem, ele condenaria mesmo seus próprios filhos às chamas para sofrer por toda a eternidade, enquanto ele e os seus escolhidos que tinham os seus nomes no Livro da Vida, gozam da extrema felicidade e paz junto de seu senhor?

Sabe, esse cara ta me saindo um belo de um tirano e um péssimo pai! Toda ação ruim vinda de seu filho, geralmente é punida com um castigo. Mas não precisa ser uma sentença de sofrimento eterno em um mar de fogo!

E quando falam que “aceite Jesus em sua vida como seu salvador! Caso contrário, queimará nas chamas do inferno”! É a mesma coisa que apontarem uma arma pra sua cabeça e falarem: “ou você acredita em mim, ou você vai sofrer pra sempre”. Isso não é muito legal, não acham? O que é revoltante nessa situação é que você estaria forçando alguém a acreditar no que você acredita! Mas estaria forçando a pessoa usando o medo contra ela. Tirania ou não?

Mas claro, os religiosos poderiam usar o argumento de que, de acordo com a bíblia, Deus lhe dá a chance para que você acredite nele, testando assim sua fé. Caso você recuse, você perdeu sua chance de ir ao paraíso! Aí não tem o que reclamar! Ora, e o livre-arbítrio foi criado pra quê?! Se eu quiser acreditar, eu acredito.

E quanto àqueles que seguem outra religião? Seriam pagãos por não acreditarem nas mesmas coisas que os que acreditam em deus e Jesus? Mas pra eles ta tudo bem, eles tem os deuses deles e seguem suas vidas com os mandamentos daqueles deuses. Mas mesmo assim, se apenas uma religião é a verdadeira, todos aqueles que acreditam em outros deuses, vão pro inferno? Heh, pra mim isso é uma grande besteira!

Aí nós chegamos em outra questão muito divertida: Se Deus nos criou, qual foi o propósito disso tudo? Se nós fomos criados por ele, por que nós vivemos? Para um aperfeiçoamento espiritual e mental, para depois quando estivermos “evoluídos” o suficiente, possamos viver ao lado dele? Se ele é tão grande e poderoso assim, por que ele já não vai direto ao ponto e faz a gente como ele quer? Todo esse trabalho em fazer as pessoas passarem por tantas coisas na vida, sofrer, amar, se divertir, tudo para que no final, sejam julgadas para saber se merecem ou não a eternidade ao lado dele. Será que ele se diverte vendo tudo isso?

Digamos que realmente, ele mandou muito bem pensando em tudo isso. E quanto ao seu filho único, Jesus? Surgiu uma vez quando o mundo precisava dele, pois tava tudo uma zona tremenda. E dois mil anos depois, ta tudo legal? O mundo está de um jeito que não precisa que o filho do grande senhor supremo da vida não precise retornar e nos mostrar que estamos errando nisso e naquilo e que devemos acreditar nele para que não sejamos castigados no dia do juízo final?

Eu acho muita sacanagem ele vir ao mundo uma vez, e só voltar quando for pra decidir o destino de nossas almas. Afinal, depois de um certo tempo, a história se distorce, os fatos mudam, as pessoas mentem. Hoje em dia há aqueles que não acreditam no que a bíblia diz. Se Jesus aparecesse um dia e falasse: “Oi! Então, eu existo sim ta? Só lembrando vocês...”, acho que ajudaria bastante e salvaria muitas almas.

Será que apenas o fato de acreditar que realmente existe alguma força superior que tenha criado tudo já não é o suficiente?

Enfim, ainda procuro respostas para as minhas perguntas. Mas não se confunda, não estou em dúvida quanto a acreditar se existe ou não. Eu acredito que NÃO, que Jesus foi apenas um grande marketero e filósofo. Nada além disso. Nada de milagres ou aparições divinas.

Não vou tirar conclusões de meu grande texto, pois ainda não tenho uma. Não vou negar o que disse e nem espero ser convencido ou “convertido”. Aliás, converter alguém é uma tremenda falta de respeito! Mas isso fica para outro texto.

É isso aí. Por enquanto ficará assim. Mas podem ter certeza que voltarei a tocar no assunto muitas e muitas vezes. Usarei este primeiro post como referência em outros e darei continuidade ao assunto diversas vezes.