quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Amor I

A eterna busca pelo amor. Uma jornada em que todo ser humano parte em busca de sua outra metade, porém percorrendo caminhos longos e muitas vezes, sem fim.

Durante a busca, se depara com diversas pedras no caminho, como a incerteza, a insegurança, o engano e o falso-amor. Sempre somos enganados por estes, que nos fazem acreditar que finalmente encontramos o cálice sagrado. Porém, outros inimigos desta jornada aparecem, como o tempo, a tentação, o medo e o ciúmes.

O tempo, pode ser um aliado como também pode ser o pior inimigo. Com o tempo, as coisas mudam. E se o amor não é verdadeiro, ele não dura e acaba desaparecendo, ou a pessoa descobre que na verdad, o amor nunca existiu.

A tentação é na verdade, um teste. A pessoa será testada para provar seu amor, tendo que driblar as situações impostas pela tentação e evitar ao máximo em ser derrotado. Se ela perde, então é uma prova de que o amor não era definitivo e cheio de incertezas, portanto a jornada continua.

O medo e o ciúmes andam juntos. Pode-se incluir a insegurança neste grupo também, pois todos estão interligados. Ao estar com outra pessoa, você se sente confortável e seguro. Mas se não houver confiança, nada disso realmente acontece. A falta de confiança em uma pessoa, gera o medo em perdê-la para as situações da vida. Um(a) amigo(a) muito próximo de seu companheiro, passa a se tornar um tormento psicológico. O ciúmes entra na cena gerando conflitos, pois o(a) ciumento(a) pode tentar limitar a outra pessoa, apenas para sua segurança. A solução praticamente não existe, pois se não há confiança, não há possibilidades de um relacionamento dar certo.

Com tantas pedras no caminho, uma pessoa pode acabar sofrendo traumas, depois de alguns enganos emocionais. Por se sentir traído, cria-se paradigmas sobre as situações que foram vividas, que com o tempo se tornam dogmas no modo de pensar da pessoa. Com isso, os esteriótipos passam a ser levados em conta e atribuidos para pessoas no geral.

Não se deve atribuir traumas do passado ao presente. As pessoas não são iguais. Homens e mulheres não são idênticos em todos os aspectos, como dizem por aí. Nem todo homem é cafajeste e nem toda mulher é vagabunda. Essas frases foram ditas por pessoas que realmente tiveram o azar de terem seus corações despedaçados.

A vida nunca foi e nunca será fácil. O amor funciona da mesma maneira. Quando temos um objetivo, se quisermos realizá-lo, tempos que investir tempo, suor, lágrimas e sangue nisso. Com o amor, é a mesma coisa. Se algo não deu certo, não é motivo para se lamentar ou crucificar todas as pessoas do sexo oposto. Deve-se apenas seguir em frente, aceitar o que aconteceu e acreditar que não era pra ter acontecido.

Todo relacionamento tem seus momentos bons e felizes. E obviamente que discussões e brigas também fazem parte. O que deve ser feito, é ser totalmente aberto para as idéias da outra pessoa, e respeitar suas opiniões, diferenças e peculiaridades.

Um dos grandes problemas que vejo hoje em dia, é que muita gente está em um relacionamento para o seu próprio bem. Pessoas que vêem um relacionamento como uma fonte de sexo constante e um companheiro para horas extras.

Certo dia ouvi uma frase: “O verdadeiro amor acontece quando você encontra a sua felicidade, na felicidade de outra pessoa.”. Se esta frase fosse aplicada nos relacionamentos atuais, acredito que muita coisa seria diferente.

Mas percebo que essa verdade só fica com os sonhadores e românticos, os poucos esquecidos e subestimados.

Porém, o amor é algo que realmente fascina, quando une duas pessoas que são consideradas totalmente o oposto da outra. Pessoas de diferentes níveis sociais, raças, ideologia... Outro dia lí sobre um casal de adolescentes que eram de diferentes religiões, lá no oriente médio. Todos sabemos como esse povo pode ser bastante extremo quando se trata de religião. Pois é, e esses adolescentes não foram poupados. Lincharam a pobre garota de 16 anos em frete a sua casa, com socos, chutes e pedradas. Mesmo inconsciente no chão, continuavam a pisar e chutar, até que ela morresse. Mais um motivo para eu odiar religiões.

No fim, acho que o certo é deixar que as pessoas vivam suas vidas como queiram, com a pessoa que quiser e como quiserem. Não é nosso direito criticar a escolha de outrem.

Mas voltando ao tema inicial. Quando, durante nossa jornada, nos deparamos com aquela pessoa que acreditamos ser a certa, se o sentimento for correspondido, não há muito o que se exigir, além do convivio e da reciprocidade. O que todos querem na vida, é ter alguém ao seu lado que o acompanhe durante sua jornada pela vida. Seja como for, se realmente for verdadeiro, não há o que temer, pois o casal saberá como lidar um com o outro.

Porém, como já deixei bem explicado, não é um caminho fácil para se encontrar “aquela” outra pessoa. O importante é não desistir, e jamais condenar. Não existem leis e regras que determinem como as pessoas são emocionalmente e intimamente. No final, todos somos estranhos.

Um comentário:

Ju Farias disse...

Eis um assunto que eu jamais conseguiria desenvolver. Mas você fez isso muito bem..
E, bom... não sou a pessoa mais certa pra falar sobre essas coisas, pois eu quero é mais que o amor se foda. E não, nada de traumas passados, é que, como você disse, "Somos estranhos..".
Sou minha pior e melhor companhia. Não ligo pra essas coisas e nunca dei importância.. Pra mim, isso não é um objetivo do tipo "Ahhh, não quero morrer sozinha"...
E só estou enrolando porque não sei o que dizer...rs
Mas gostei do texto =)